Estudo aponta que restringir cigarro à Geração Z pode evitar milhões de mortes por câncer

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Uma pesquisa conduzida pela Agência Internacional de Pesquisa sobre Câncer (IARC) sugere que restringir a venda de produtos de tabaco à Geração Z poderia salvar até 1,2 milhões de vidas até 2095. O estudo analisou dados de 185 países e aponta que, caso as atuais tendências de consumo de cigarro persistam, o câncer de pulmão continuará a ser uma das principais causas de morte no mundo, sendo responsável por milhões de óbitos.

A iniciativa focada na proibição para jovens nascidos entre 2006 e 2010 poderia reduzir drasticamente as taxas de mortalidade relacionadas ao tabagismo, especialmente considerando que cerca de 85% dos casos de câncer de pulmão estão diretamente associados ao hábito de fumar, conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS).

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Segundo o estudo, se mantida a tendência de consumo, três milhões de jovens da Geração Z devem morrer de câncer de pulmão até o final do século. No entanto, uma proibição poderia evitar aproximadamente 1,2 milhão dessas mortes, especialmente entre homens, que têm maior prevalência de tabagismo em algumas regiões.

A análise mostrou que, na Europa Ocidental, a iniciativa beneficiaria mais mulheres (até 78% de redução de mortes), enquanto na Europa Central e Oriental, os homens seriam mais favorecidos (cerca de 75%). Essa disparidade reflete padrões históricos de consumo e a influência da publicidade direcionada.

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Alguns países já adotaram medidas semelhantes para reduzir o impacto do tabagismo nas gerações futuras. Na Nova Zelândia, uma lei impede a venda de cigarros para pessoas nascidas após 2008. Contudo, mudanças políticas recentes podem reverter essa decisão.

No Reino Unido, uma proibição semelhante para os nascidos a partir de 2009 segue em análise, com apoio crescente de especialistas e legisladores. O objetivo é combater o tabagismo em longo prazo e criar um futuro com menos dependência de nicotina.

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Embora os resultados do estudo reforcem o potencial impacto positivo de tais políticas, especialistas alertam que elas não são suficientes por si só. A IARC defende ações adicionais, como o aumento de impostos sobre o tabaco, expansão de ambientes livres de fumo e programas de apoio para quem deseja abandonar o vício.

Segundo a Dra. Isabelle Soerjomataram, uma das autoras do estudo, as evidências são claras: estratégias ousadas são fundamentais para proteger as futuras gerações dos riscos do tabagismo e reduzir a carga de doenças evitáveis no mundo.

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