Um estudo descobriu um fator do sistema nervoso envolvido no aumento do metabolismo energético e na queima de calorias corporais. De acordo com a publicação feita na revista Nature, pesquisadores buscam utilizar o conhecimento no desenvolvimento de medicamentos mais simples e baratos para controle da obesidade e peso.
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O estudo reuniu pesquisadores da Universidade de Oxford (Reino Unido) e do Centro de Pesquisa em Obesidade e Comorbidades, financiado pela FAPESP e com sede na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), e descreveu como esse novo componente atua sobre o gasto energético e calórico através do neuropeptídeo Y (NPY).
Esse neurotransmissor já é estudado no sistema nervoso central e responsável por passar informações entre neurônios no cérebro. No entanto, a atuação dele em nervos periféricos (fora do cérebro e da medula espinhal) e sua atuação em células de gordura ainda não era conhecida.
Em testes laboratoriais, a equipe descobriu que a liberação do NPY no sistema nervoso periférico ocorre através do contato de sinapses com células murais (ao redor dos vasos sanguíneos dos tecidos). Como as células de papel são fundamentais no tecido adiposo (das células que liberam energia e calor), elas se mostram essenciais no controle do metabolismo.
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Outra descoberta feita pelo estudo é de que o NPY atua de forma diferente no peso corporal quando está no sistema nervoso central ou periférico. No primeiro, ele interfere na saciedade e aumenta a fome. No segundo, aumenta o metabolismo energético e queima de calorias e gordura.