O nudismo, que já foi um símbolo de liberdade na Europa, está perdendo adeptos. A prática, que ganhou força no século XX como um movimento de conexão com a natureza e protesto por direitos individuais, enfrenta uma forte queda. Dados da DFK, maior associação de naturismo da Alemanha, mostram que clubes e associações naturistas têm perdido membros, enquanto eventos tradicionais foram cancelados devido à falta de participantes.
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Redes sociais e seus padrões de beleza inalcançáveis são alguns dos principais motivos. Imagens editadas e corpos perfeitos bombardeiam os jovens, principalmente a geração Z, que se torna mais consciente e insegura em relação à aparência. “A ascensão do culto do corpo perfeito em redes como TikTok e Instagram vem elevando a pressão para as pessoas não se despirem”, analisa Alfred Sigloch, presidente da DFK.
O medo de ser fotografado sem consentimento também contribui para o abandono da prática. Isso se reflete no comportamento: mulheres mais velhas na França ainda praticam topless, enquanto as mais jovens evitam.
O conservadorismo crescente também molda essa mudança cultural. Muitos escolhem se cobrir por medo de julgamentos e olhares críticos, o que contrasta com o espírito de liberdade do movimento naturista.
Especialistas alertam que essa retração representa uma perda. Estudos mostram que o naturismo promove autoestima e aceitação corporal. Porém, o receio de não se encaixar nos padrões atuais faz a prática perder espaço, ameaçando o legado de décadas de luta pela naturalização do corpo.
