A jornada de João Dias, um jovem de Guarapuava, no Paraná, chamou atenção nacional ao revelar como ele descobriu que havia sido adotado ilegalmente e, anos depois, reencontrou sua mãe biológica. Sua busca pela verdade começou de forma inesperada: ao tentar obter a cidadania portuguesa, João se deparou com informações inconsistentes sobre sua família.
Tudo começou quando ele requisitou a certidão de casamento de seus pais. O documento trouxe detalhes que não batiam com o que sabia: sua mãe era divorciada e a idade dela não correspondia ao que ele acreditava ser verdade. Intrigado, João compartilhou sua história nas redes sociais, onde encontrou apoio e pistas para desvendar seu passado.
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Entre as pessoas que assistiram aos vídeos que ele publicou, estava uma tia paterna, que confirmou a adoção ilegal. A partir daí, João deu início a uma busca mais profunda por seus pais biológicos. Com a ajuda da genealogista Marli Ebert e de testes de DNA comparados a um extenso banco de dados, ele conseguiu rastrear sua ancestralidade até chegar a descendentes de um homem chamado Marino Mallmann.
“Sabíamos que havia uma conexão, então fomos de família em família perguntando: ‘Vocês já ouviram falar de um bebê que foi adotado ou levado de forma irregular?'”, explicou João em entrevista ao programa Fantástico.
Após meses de investigação, João finalmente encontrou seu pai e seus irmãos, que residem em Novo Xingu, no Rio Grande do Sul. O momento mais marcante, porém, foi o reencontro com sua mãe biológica, Ana Maria. Ela revelou ter sido forçada a entregar o bebê, recém-nascido, a um casal em uma maternidade de Guarapuava.
Cerca de 28 anos depois, mãe e filho se abraçaram novamente, encerrando um ciclo de dor e saudade. O emocionante desfecho da história também trouxe reflexões sobre adoções ilegais e a importância da busca por justiça em casos semelhantes.
João, agora, utiliza sua experiência para inspirar outros que buscam suas origens, mostrando como a tecnologia e o apoio coletivo podem ajudar a reconstruir laços familiares.
