Um novo estudo propõe uma perspectiva controversa acerca dos impactos causados por de grandes extinções na vida na Terra e em outros planetas. A pesquisa sugere que eventos catastróficos não só reduzam a biodiversidade, como também podem ser gatilhos para o aumento da complexidade e diversidade da vida.
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A hipótese do estudo publicado na revista Monthly Notices of the Royal Astronomical Society reúne desafios acerca da visão tradicional de que extinções em massa representam apenas retrocessos.
O astrofísico Arwen Nicholson, da Universidade de Exeter, coautor do estudo, afirmou que “quando você tem um colapso, isso dá potencial para algo novo surgir”. Os pesquisadores usaram um modelo computacional conhecido como Tangled Nature Model para simular como grupos de espécies evoluem em cenários de perturbações planetárias.
No estudo, cientistas introduziram perturbações simuladas em um modelo ecológico, reduzindo temporariamente a capacidade de suporte do ambiente para observar os impactos a longo prazo. Os resultados apontam que sistemas que sobrevivem a essas perturbações tendem a “reagir mais fortes”, apresentando maior diversidade e abundância de vida após milhares de simulações.
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Essa dinâmica foi exemplificada através de eventos históricos como a Grande Oxidação, há cerca de 2,5 bilhões de anos. Apesar disso, Nicholson destaca que “a biologia é inevitavelmente mais complicada e sutil do que os modelos” e que os experimentos são abstrações das interações ecológicas reais.