Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Harvard sugere que o consumo regular de chocolate amargo pode reduzir o risco de desenvolver diabetes tipo 2. Os resultados, publicados na renomada revista científica The BMJ, indicam uma relação promissora entre o alimento rico em flavonoides e a saúde metabólica.
Os pesquisadores acompanharam 111.654 enfermeiros durante 25 anos, monitorando hábitos alimentares e sua relação com o desenvolvimento de doenças metabólicas. Entre os participantes, aqueles que consumiram cinco ou mais porções de chocolate amargo por semana apresentaram uma redução de 21% no risco de diabetes tipo 2 em comparação com aqueles que raramente ou nunca consumiam o doce.
Por outro lado, o consumo de chocolate ao leite, mais rico em açúcar, foi associado a um maior ganho de peso ao longo do tempo, o que pode aumentar o risco de doenças metabólicas, como o diabetes.
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O segredo parece estar nos flavonoides, compostos presentes no chocolate amargo conhecidos por seus efeitos antioxidantes, anti-inflamatórios e vasodilatadores. Esses elementos auxiliam na melhora da saúde cardiovascular e podem influenciar positivamente os mecanismos que regulam o metabolismo da glicose, reduzindo, assim, os riscos de diabetes tipo 2.
Embora os resultados sejam animadores, os autores alertam que o estudo possui limitações e que mais pesquisas são necessárias para confirmar os efeitos diretos do consumo de chocolate amargo na prevenção da doença.
O diabetes tipo 2 é um problema crescente em escala global. Em 2019, cerca de 463 milhões de pessoas conviviam com a condição, e estima-se que esse número possa alcançar 700 milhões até 2045. Considerando esses dados alarmantes, estratégias de prevenção, como mudanças na alimentação, são cada vez mais relevantes.
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Apesar dos possíveis benefícios, os pesquisadores reforçam que o consumo de chocolate amargo deve ser moderado e combinado com hábitos de vida saudáveis. O estudo também destaca que chocolates ao leite ou branco não oferecem os mesmos benefícios devido ao alto teor de açúcar.
Embora promissor, o chocolate amargo não é uma solução mágica, mas um exemplo de como escolhas alimentares podem contribuir para a saúde a longo prazo.