Fantasmas ou ilusões? A ciência explica por que acreditamos no paranormal

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Relatos de encontros com fantasmas, abduções alienígenas e fenômenos paranormais têm intrigado a humanidade por séculos. No entanto, estudos científicos apontam que esses eventos podem ser frutos da forma como o cérebro humano interpreta estímulos ao seu redor, criando ilusões que parecem reais.

De acordo com o psicólogo Christopher French, as experiências paranormais são interpretações genuínas, mas equivocadas, de fenômenos naturais. O cérebro humano é mestre em identificar padrões, mesmo onde eles não existem, como ver rostos em sombras ou formas em superfícies abstratas. Essa predisposição evolutiva serve para proteger e dar sentido ao mundo ao nosso redor, mas pode levar a erros de interpretação.

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French detalha esses fenômenos em sua obra The Science of Weird Shit: Why Our Minds Conjure the Paranormal. Ele analisa como o cérebro pode transformar estímulos comuns em eventos aparentemente sobrenaturais, explorando temas como fantasmas e avistamentos de óvnis.

Um dos exemplos mais comuns que reforçam essas crenças é a paralisia do sono, um estado em que o corpo permanece imóvel enquanto o cérebro está parcialmente consciente. Durante esse período, pessoas frequentemente relatam sensações de opressão, alucinações visuais ou auditivas e até figuras fantasmagóricas.

Segundo uma pesquisa publicada no International Journal of Applied and Basic Medical Research, cerca de 8% da população mundial já enfrentou pelo menos um episódio de paralisia do sono, e esse índice pode chegar a 30% entre aqueles com transtornos mentais. A sensação de vulnerabilidade e a incapacidade de mover o corpo criam o ambiente perfeito para que o cérebro produza essas imagens perturbadoras.

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A emoção do medo também tem um papel central na percepção do paranormal. Um estudo de 2022 na revista Frontiers revelou que, em situações de baixa visibilidade ou perigo potencial, como locais escuros, o medo intensifica nossa atenção ao ambiente. Isso, no entanto, pode interromper processos racionais e nos levar a conclusões precipitadas.

French argumenta que compreender esses mecanismos cerebrais ajuda a explicar por que algumas pessoas interpretam fenômenos naturais como paranormais. Essa busca instintiva por significados e proteção, ainda que falha em alguns momentos, é uma característica essencial do cérebro humano, moldada ao longo de milhares de anos de evolução.

 

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