Pesquisadores da University of St Andrews, na Escócia, revelaram uma relação preocupante entre a poluição do ar e o aumento de internações hospitalares por diversas doenças, sejam elas físicas ou mentais. A pesquisa, que analisou dados coletados ao longo de 16 anos, envolveu mais de 200 mil participantes e reforça a necessidade de políticas ambientais mais restritivas para proteger a saúde pública.
O estudo avaliou a exposição cumulativa a quatro poluentes relacionados ao tráfego e à indústria: dióxido de nitrogênio (NO2), dióxido de enxofre (SO2), partículas inaláveis (PM10) e partículas finas (PM2,5). Os resultados indicaram que níveis elevados desses poluentes estão associados ao aumento de hospitalizações por doenças cardiovasculares, respiratórias, infecciosas e transtornos mentais.
++ Mulher doa rim e recebe órgão de porco editado geneticamente
As análises mostraram que a exposição prolongada ao dióxido de enxofre contribuiu significativamente para internações por doenças respiratórias. Já o dióxido de nitrogênio esteve ligado a hospitalizações por problemas de saúde mental. Partículas inaláveis, como PM10 e PM2,5, foram associadas ao agravamento de doenças cardiovasculares e infecciosas, destacando a gravidade do impacto da poluição no corpo humano.
A pesquisa também apontou um aumento médio de 4% nas internações por doenças respiratórias entre aqueles mais expostos aos poluentes ao longo do tempo. Apesar de limitações metodológicas, como a avaliação anual dos níveis de poluição, que não considera variações sazonais, os dados corroboram estudos anteriores sobre os danos à saúde causados pela poluição do ar.
++ O que o choro dos bebês tem a nos dizer? A ciência explica!
Os especialistas reforçam que ações como regulamentações ambientais mais severas, planejamento sustentável e o investimento em energia renovável são fundamentais para reduzir os índices de poluição e aliviar a pressão sobre o sistema de saúde.
Outras pesquisas já associaram a poluição do ar a condições como Parkinson, aumento da resistência a antibióticos e agravamento de doenças respiratórias em períodos de tempo seco. O estudo reforça a urgência de enfrentar essa crise ambiental para proteger vidas e garantir um futuro mais saudável para as próximas gerações.