O governo da Malásia anunciou a retomada das buscas pelo voo MH370, da Malaysia Airlines, que desapareceu misteriosamente em março de 2014 com 239 pessoas a bordo. A nova etapa das investigações contará com a parceria da empresa Ocean Infinity, especializada em operações subaquáticas.
Em uma coletiva de imprensa, o ministro dos Transportes da Malásia, Anthony Loke, destacou o compromisso com os familiares das vítimas e revelou que o foco será uma área ainda não explorada no sul do Oceano Índico. “Esperamos que desta vez seja diferente e possamos finalmente trazer respostas às famílias afetadas”, declarou Loke.
O MH370 sumiu cerca de 40 minutos após decolar de Kuala Lumpur rumo a Pequim, sob condições climáticas favoráveis. A ausência de sinais de socorro ou explicações concretas alimentou teorias que vão desde falhas mecânicas até desvios intencionais de rota.
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Fragmentos da aeronave foram encontrados nos últimos anos em áreas próximas à costa africana e em ilhas do Oceano Índico, mas as peças recuperadas não foram suficientes para esclarecer o destino final do avião.
A Ocean Infinity, que já havia participado das buscas encerradas em 2018, utilizará tecnologias avançadas para vasculhar uma nova área. O governo malaio estabeleceu um acordo de pagamento condicional, oferecendo até US$ 70 milhões caso a empresa localize destroços significativos da aeronave.
A primeira operação de busca, realizada em parceria com Austrália e China, cobriu uma área de 120 mil km² no fundo do mar, mas terminou sem resultados. O desaparecimento gerou uma comoção global e mobilizou esforços em diversas frentes, incluindo demandas judiciais contra a Malaysia Airlines e a Boeing.
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O mistério do MH370 continua a atrair atenção, como mostrado na minissérie documental da Netflix “Voo 370: O avião que desapareceu”. O programa reúne relatos de familiares, especialistas e jornalistas em uma tentativa de reconstruir os eventos do desaparecimento e explorar as muitas teorias que cercam o caso.
A nova fase de buscas reacende a esperança de trazer um desfecho para um dos maiores mistérios da história da aviação. Para as famílias, a busca por respostas permanece, quase uma década depois do ocorrido.