No Brasil, a tradição de usar branco no Réveillon tem raízes nas religiões africanas, como o Candomblé e a Umbanda. Ela surgiu a partir do culto a Iemanjá, a deusa dos oceanos e padroeira dos pescadores. Durante as cerimônias em sua homenagem, os fiéis usam roupas brancas ao fazer oferendas. Se a oferta for levada mar adentro, o pedido será atendido; se voltar à praia, é rejeitado.
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Na década de 1950, o ritual ganhou visibilidade durante a virada do ano, quando grupos de Candomblé realizaram as cerimônias nas praias brasileiras. A beleza do evento atraiu a atenção de muitas pessoas, que passaram a adotar o hábito de usar branco, mesmo sem vínculo religioso.
Com o tempo, o significado foi se expandindo. Hoje, muitos usam a cor não apenas por respeito à religião, mas também para simbolizar paz, prosperidade e boas energias.
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Além disso, outro costume popular do réveillon, o de pular sete ondinhas, também tem origem na Umbanda. A cada onda pulada, as pessoas fazem um pedido ou oração para Iemanjá e os orixás. Por fim, essa tradição, com suas raízes profundas, continua a ser uma expressão de fé e esperança para o novo ano.