Yolanda Saldívar, responsável pela morte de Selena Quintanilla-Pérez, ícone da música latina, poderá ter sua liberdade condicional analisada em março de 2025. Aos 64 anos, Saldívar cumpre prisão perpétua pelo assassinato ocorrido em 1995, mas já completou o tempo mínimo exigido para solicitar a revisão de sua pena, segundo o Departamento de Justiça Criminal do Texas.
Selena, conhecida como a “Rainha do Tejano”, foi morta aos 23 anos durante um encontro com Saldívar em um hotel no Texas. Na época, a cantora suspeitava que a fundadora de seu fã-clube havia desviado mais de 60 mil dólares e planejava demiti-la. Saldívar, no entanto, alegou que o disparo foi acidental, ocorrido enquanto ela tentava tirar a própria vida.
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Apesar de sua versão, o júri a considerou culpada e determinou a pena máxima, com possibilidade de liberdade condicional após três décadas. Saldívar está atualmente detida em uma unidade prisional no Texas, onde vive sob custódia protetora devido a ameaças constantes.
A possibilidade de Saldívar sair da prisão gera controvérsias. Familiares da condenada argumentam que ela já pagou sua dívida com a sociedade. “Mantê-la presa não vai trazer Selena de volta. Ela merece uma segunda chance”, afirmou um parente próximo em entrevista.
Por outro lado, ex-presidiárias e membros da comunidade ainda demonstram revolta. “Ela é alvo de ódio constante. Muitas detentas ainda falam em fazer justiça com as próprias mãos”, revelou Marisol Lopez, que esteve na mesma prisão entre 2017 e 2022.
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Yesenia Dominguez, outra ex-detenta, reforçou: “Selena era amada por milhões. Há quem nunca vá perdoar Yolanda”.
O pai da cantora, Abraham Quintanilla, já havia declarado em entrevistas anteriores que a família de Selena continua recebendo ameaças contra Saldívar, inclusive de pessoas dentro do sistema prisional.
Caso seja libertada, Saldívar planeja retomar sua vida com apoio de familiares e buscar um emprego, conforme relatado por seus advogados. A audiência de março será decisiva para determinar se ela terá a oportunidade de recomeçar fora das grades ou se continuará cumprindo sua pena em regime fechado.
