Fumar compromete a fertilidade de homens e mulheres, apontam estudos

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O cigarro é conhecido por causar diversos malefícios à saúde. No entanto, poucos sabem que ele também afeta a fertilidade. As mais de 4 mil substâncias tóxicas presentes no cigarro prejudicam diretamente a capacidade reprodutiva de homens e mulheres.

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Um estudo publicado no Journal of Clinical Medicine mostrou que metais pesados, como cádmio e chumbo, se acumulam nos testículos. Isso prejudica seu funcionamento e pode causar infertilidade masculina. Outro estudo, divulgado no Journal of Applied Toxicology, apontou que a nicotina afeta as funções ovarianas. Assim, reduz drasticamente a capacidade reprodutiva feminina.

Impactos

Os danos do cigarro vão além desses casos. De acordo com o ginecologista João Antonio Dias Junior, do Hospital Israelita Albert Einstein, mais de 100 substâncias presentes no cigarro prejudicam diretamente a reprodução. Elas diminuem a quantidade e qualidade dos gametas e afetam hormônios que regulam os ciclos reprodutivos.

Dados da Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva mostram que fumantes têm o dobro de chance de infertilidade. Nos homens, a nicotina reduz a mobilidade dos espermatozoides e aumenta o estresse oxidativo, o que danifica o DNA. Já nas mulheres, prejudica a circulação sanguínea nos órgãos reprodutivos. Isso atrapalha a ovulação, reduz a reserva ovariana e dificulta a implantação do embrião.

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Substâncias como o alcatrão também prejudicam o DNA dos óvulos e espermatozoides. Isso compromete a qualidade dos embriões, reduz as chances de gravidez e aumenta o risco de aborto. Além disso, o monóxido de carbono e o formaldeído causam inflamações nos órgãos reprodutivos. Isso dificulta a oxigenação e a receptividade do útero.

O cigarro também reduz as chances de sucesso em tratamentos como a fertilização in vitro (FIV). Fumantes precisam de doses mais altas de medicamentos para estimulação ovariana, o que encarece o procedimento. Segundo especialistas, mulheres que fumam têm taxas de gravidez 30% menores do que as que não fumam. Elas também precisam de mais tentativas de FIV para engravidar.

Como reverter os danos

Parar de fumar é essencial para proteger a fertilidade. Os primeiros benefícios começam após três meses sem fumar. Esse período é o mínimo recomendado para quem planeja ter filhos. Apesar disso, alguns danos, como a redução da reserva ovariana, são irreversíveis.

O cigarro impacta diretamente a saúde reprodutiva e os sonhos de formar uma família. Para casais que desejam engravidar, largar o cigarro é um passo essencial. Segundo Rodrigo Rosa, membro da Associação Brasileira de Reprodução Assistida, é preciso se conscientizar sobre esses riscos.

Fonte: Revista Crescer

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