Justiça tardia: mulher é absolvida após 25 anos de prisão na Coreia do Sul

Data:

Após passar quase 25 anos presa, Kim Shin Hye, de 47 anos, foi declarada inocente pelo Tribunal Distrital de Gwangju, na Coreia do Sul. A decisão, anunciada na última segunda-feira, revisou a condenação de prisão perpétua que havia sido imposta em 2000 por supostamente assassinar seu pai.

O novo julgamento revelou que a condenação se baseou em evidências frágeis e em uma confissão que Kim havia retratado. Na época, ela afirmou ter mentido à polícia para proteger seu irmão de uma possível prisão. O tribunal destacou que “não havia provas conclusivas de que o crime tenha sido cometido como descrito pelos promotores”.

Kim foi acusada de ter misturado pílulas para dormir em uma bebida alcoólica e oferecido ao pai, de 52 anos, antes de matá-lo. Posteriormente, ela teria abandonado o corpo em uma estrada a cerca de 6 km da casa da família, em Wando, na província de Jeolla do Sul.

++ Estrutura de quatro mil anos possui origem exposta na Inglaterra

Durante a investigação inicial, Kim confessou o crime, alegando que o pai abusava dela e de sua irmã mais nova. No entanto, ela negou as acusações durante o julgamento. Mesmo assim, foi condenada pela Suprema Corte em 2001, com base em sua confissão inicial.

Uma revisão detalhada das provas revelou inconsistências fundamentais na acusação. O relatório de autópsia não encontrou traços de uma quantidade significativa de sedativos no corpo da vítima, apesar de os promotores alegarem que pílulas para dormir foram usadas. Por outro lado, o nível elevado de álcool no sangue — 0,303% — foi apontado como uma possível causa de morte.

O tribunal também questionou as declarações de irmãos de Kim, que podem ter sido influenciadas por fatores externos. Apesar das dúvidas levantadas sobre a narrativa dos eventos, foi concluído que as evidências apresentadas não sustentavam a sentença original.

++ Caso de violência em universidade nos EUA envolve emboscada organizada por estudantes

Com a decisão, Kim foi oficialmente exonerada e expressou um misto de alívio e tristeza ao refletir sobre o tempo perdido. “Demorou décadas para corrigir um erro tão grave. Lamento profundamente não ter conseguido proteger meu pai, que enfrentou tanto sofrimento antes de sua morte”, declarou.

O caso de Kim Shin Hye evidencia como falhas no sistema judiciário podem ter consequências devastadoras para os indivíduos envolvidos, reforçando a importância de revisões criteriosas em julgamentos controversos.

LEAVE A REPLY

Please enter your comment!
Please enter your name here

Compartilhe:

Newsletter

spot_imgspot_img

Popular

Leia mais
Veja também

Descoberta de novo planeta anão além de Plutão desafia teoria do Planeta Nove

Astrônomos japoneses anunciaram a descoberta de um novo planeta...

Último episódio de “Chespirito” reacende polêmica com Florinda Meza e gera críticas ao retrato de Bolaños

A série Chespirito: Sem Querer Querendo, produzida pela HBO...

Ladrão invade quarto oito vezes e vigia mulher dormindo nua por meia hora na Espanha

Um caso perturbador de invasão domiciliar está sendo investigado...

Tripulante do maior cruzeiro do mundo morre após cair no mar durante viagem nas Bahamas

Um tripulante do Icon of the Seas, maior navio...