Avanço científico promete diagnósticos mais precisos com tecnologia de molécula única

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Cientistas da Universidade da Califórnia, em Riverside, estão desenvolvendo uma tecnologia que pode revolucionar os métodos de diagnóstico médico. O projeto aposta na detecção de sinais gerados por moléculas individuais, permitindo identificar doenças com maior precisão e agilidade do que os testes tradicionais.

O equipamento utiliza um sensor altamente sensível, composto por um tubo de vidro cuja extremidade foi moldada em formato semelhante a uma agulha. Submerso em fluidos contendo moléculas, esse sensor é projetado para captar sinais elétricos extremamente sutis, característicos de moléculas como DNA ou proteínas.

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Atualmente, a maioria dos testes exige a presença de milhões de moléculas para identificar padrões e diagnosticar condições. Essa nova abordagem, segundo os pesquisadores, demonstra que é possível obter informações úteis a partir de uma única molécula.

No centro da inovação está o uso de um nanoporo — uma abertura minúscula por onde as moléculas passam uma de cada vez. Esse componente não apenas detecta as moléculas, mas também atua como um filtro integrado, minimizando ruídos e preservando dados relevantes, algo que filtros externos muitas vezes não conseguem fazer.

A sensibilidade desse sensor pode ser decisiva para identificar infecções em estágios iniciais, antes do aparecimento de sintomas ou da disseminação da doença. Além disso, a tecnologia abre portas para estudos aprofundados de proteínas, permitindo detectar diferenças sutis entre elas. Esse avanço pode ser essencial no desenvolvimento de tratamentos mais personalizados e eficazes.

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Os próximos passos incluem o refinamento do circuito eletrônico que controla o sensor, inspirado no funcionamento dos neurônios do cérebro. Os pesquisadores visam criar uma ferramenta que não só detecte moléculas com precisão, mas também “memorize” padrões de detecção, ampliando sua capacidade de diagnóstico.

Embora ainda em fase de desenvolvimento, o projeto representa uma promessa significativa para o futuro da medicina diagnóstica, trazendo avanços tanto para o combate a doenças infecciosas quanto para o tratamento de condições crônicas.

 

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