Novos estudos realizados foram capazes de revelar que a Covid-19 pôde ajudar a desvendar mistérios acerca de outra doença: a fadiga pós-viral, caracterizada pela exaustão persistente que algumas pessoas tem depois que se recuperam de outras infecções.
Rosalind Adam, pesquisadora acadêmica da Universidade de Aberdeen, realizou uma análise com 40 pessoas que possuíam inúmeras formas de fadiga problemática, de pacientes com quadro de coronavírus longo, até insuficiência cardíaca, ou câncer.
No estudo, os pacientes tiveram sensores digitais que acompanharam vários parâmetros físicos deles, como velocidade da respiração, temperatura corporal, qualidade do sono, atividade cardíaca e níveis de atividade. A pesquisadora utilizou a inteligência artificial na identificação de padrões nos dados que possam representar o que ela chama de “fadigótipos”. Eles trazem características distintas poderão ser empregadas na categorização dos subtipos.
A covid-19 pôde ser contribuínte em desvendar o motivo que leva à fadiga pós-viral. Acredita-se que o motivo da fraqueza muscular e debilitação física seja em decorrência de um estado de autoimunidade que a infecção inicial induz, fazendo com que o comportamento das células imunológicas seja alterado, e elas ataquem as próprias fibras nervosas que permitem a contração dos músculos.
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Uma outra teoria é relacionada a eliminação de resíduos. Nela, em virtude do trabalho excessivo, as mitocôndrias geram um estresse oxidativo, mas o corpo não pode se limpar adequadamente, visto que o sistema imunológico está em um estado de prolongada exaustão.