Jovem envolvida em crime inspirado em Slender Man é liberada após tratamento psiquiátrico

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Morgan Geyser, que em 2014 foi condenada por tentar assassinar uma colega de classe, recebeu a ordem de liberação do hospital psiquiátrico onde passou os últimos 11 anos. Hoje com 22 anos, ela esteve no centro de um caso que ganhou repercussão mundial por estar associado ao personagem fictício de terror Slender Man.

Na época do crime, Geyser, então com 12 anos, e sua amiga Anissa Weier atraíram Payton Leutner, também de 12, para uma floresta em Wisconsin sob o pretexto de brincarem de esconde-esconde. O que se seguiu foi um ataque brutal: Leutner foi esfaqueada 19 vezes por Geyser enquanto Weier incentivava o ato. A motivação apresentada pelas jovens era impressionar Slender Man, uma figura sombria criada em fóruns online que ganhou notoriedade em histórias fictícias e jogos.

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Apesar da gravidade do ataque, Leutner sobreviveu após conseguir se arrastar até uma ciclovia, onde foi encontrada por um ciclista.

Na última quinta-feira, 9 de janeiro, o juiz Michael Bohren determinou que Geyser fosse liberada da internação no Winnebago Mental Health Institute, em Wisconsin, alegando que ela não apresenta mais riscos à sociedade. Porém, sua reintegração será gradual e supervisionada. Por um período inicial de 60 dias, ela deverá permanecer em uma casa de grupo, sob monitoramento rigoroso.

Segundo especialistas que acompanharam Geyser, a jovem demonstrou progresso significativo durante o tratamento. Brooke Lundbohm, médica responsável por sua avaliação, afirmou que ela não apresenta sintomas desde que suspendeu o uso de antidepressivos há dois anos. Outro relatório, de Deborah Collins, destacou que Geyser ainda luta com sentimentos de culpa pelo que fez, mas tem mostrado avanços no enfrentamento emocional.

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O juiz enfatizou que a jovem cumpriu os requisitos necessários para sua liberação. “Ela fez o que era necessário”, disse Bohren, referindo-se às avaliações médicas e comportamentais apresentadas no tribunal.

O crime, motivado pela tentativa de agradar Slender Man, trouxe atenção para os riscos de influências virtuais em crianças e adolescentes. O personagem, que surgiu em fóruns como parte de um concurso de manipulação de imagens, tornou-se uma lenda digital com histórias que envolvem sequestros e mortes.

O episódio também despertou debates sobre a saúde mental, a responsabilidade criminal de jovens e a influência de conteúdos online, marcando um dos casos mais emblemáticos da última década nos Estados Unidos.

 

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