Combate a incêndios com água do mar gera preocupações sobre impactos ambientais

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Diante da gravidade dos incêndios florestais que devastam áreas próximas a Los Angeles, nos Estados Unidos, bombeiros têm recorrido ao uso de água do mar como alternativa para conter o avanço das chamas. A medida, adotada pela limitação de recursos de água doce, tem sido alvo de debates por causa de seus possíveis impactos ambientais a longo prazo.

De acordo com cientistas, embora eficaz no controle imediato dos focos de incêndio, a água salgada pode causar alterações significativas no solo e prejudicar a recuperação de ecossistemas. O sal presente na água altera a composição química e dificulta a regeneração natural, especialmente em áreas como os matagais chaparrais, característicos da região e sensíveis a mudanças ambientais.

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Pesquisadores, como Patrick Megonigal, da Instituição Smithsonian, alertam que os danos causados pelo sal no solo podem persistir por anos, afetando tanto a vegetação quanto os animais que dependem desses habitats. Além disso, estudos apontam que florestas expostas à salinidade têm menor capacidade de recuperação, ampliando os efeitos destrutivos das queimadas.

As chamas, iniciadas em locais como Pacific Palisades e Pasadena, são agravadas pelos ventos quentes e secos de Santa Ana, que ultrapassam 100 km/h e dificultam os esforços de contenção. A baixa umidade da região também contribui para que os incêndios se alastrem rapidamente.

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Até o momento, mais de 156 quilômetros quadrados foram consumidos pelo fogo, e pelo menos 25 mortes foram confirmadas. Autoridades locais classificaram a situação como sem precedentes, destacando a imprevisibilidade dos incêndios.

Além dos desafios imediatos, o uso da água do mar levanta questões sobre o futuro das áreas costeiras, já que o aumento do nível do mar devido às mudanças climáticas pode intensificar a salinização de solos em terra firme.

A situação reforça a necessidade de estratégias que conciliem ações emergenciais e preservação ambiental, priorizando soluções sustentáveis que minimizem os impactos nos ecossistemas e garantam maior resiliência diante de desastres climáticos.

 

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