Em um comício realizado no último domingo, Donald Trump, recém-eleito presidente dos Estados Unidos, prometeu tornar públicos documentos confidenciais relacionados aos assassinatos de John F. Kennedy, Robert Kennedy e Martin Luther King Jr. A declaração foi apresentada como parte de um esforço para aumentar a transparência do governo.
“Vamos liberar os registros restantes sobre os assassinatos de JFK, Robert Kennedy e Martin Luther King Jr. nos próximos dias”, afirmou Trump, destacando sua intenção de combater o excesso de sigilo em arquivos governamentais.
Durante seu mandato anterior, entre 2017 e 2021, Trump já havia autorizado a liberação de alguns documentos sobre o caso de JFK, conforme previsto pela Lei de Coleta de Registros de Assassinato do Presidente John F. Kennedy, de 1992. A legislação determinava que os arquivos restantes fossem divulgados até 2017, mas, à época, a decisão enfrentou resistência de autoridades da segurança nacional, incluindo o então diretor da CIA, Mike Pompeo.
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Como resultado, apenas uma parte dos registros foi liberada, e a divulgação completa foi adiada para 2021. Seu sucessor, Joe Biden, também optou por manter alguns documentos em sigilo, apesar de cerca de 95% dos registros já terem sido publicados.
Além dos documentos relacionados ao assassinato de JFK, Trump indicou que pretende divulgar informações sobre Robert Kennedy e Martin Luther King Jr. No entanto, não detalhou se irá acelerar a liberação de arquivos que, pela Lei de Coleta de Registros Martin Luther King Jr., estão programados para permanecer confidenciais até 2027.
Martin Luther King Jr., líder dos Direitos Civis, foi morto em 4 de abril de 1968, em Memphis, Tennessee. Na época, ele era alvo de vigilância por parte de agências como o FBI, mas muitos detalhes sobre essa investigação permanecem ocultos. Já Robert Kennedy, irmão de JFK, foi assassinado em 6 de junho de 1968.
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A promessa de Trump ocorre em um momento simbólico, próximo ao Dia de Martin Luther King Jr., feriado nacional nos Estados Unidos. O anúncio reacendeu debates sobre as lacunas nas investigações oficiais dos assassinatos, especialmente o de JFK, cuja versão oficial atribui o crime a Lee Harvey Oswald, agindo sozinho.
Embora Trump tenha apresentado a iniciativa como parte de um compromisso com a transparência, especialistas apontam que os obstáculos políticos e a resistência de órgãos de segurança podem limitar a concretização da promessa. Ainda assim, o anúncio desperta curiosidade e expectativa sobre possíveis revelações nos próximos meses.