Uma pesquisa feita no Brasil trouxe sugestões em torno do processo animador de um anticoncepcional masculino. O estudo revela que a partir da proteína Eppin, que regula a capacidade de movimentação do espermatozoide, é possível desenvolver medicamentos que controlem a fertilidade dos homens.
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O estudo feito pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) e publicado na revista Molecular Human Reproduction, foi realizado com base em experimentos feitos em camundongos para identificar dois pontos da proteína que regulam a movimentação dos espermatozoides.
“Ela tem um papel muito importante no controle da motilidade temática por interagir com outras proteínas que agora estão no sêmen. E essas proteínas, ao interagirem com a Eppin, promovem o ajuste fino da motilidade, o controle da motilidade”, explicou Erick José Ramo da Silva, pesquisador e professor do departamento de Biofísica e Farmacologia da Unesp.
Segundo ele, foram usados anticorpos para descobrir quais são os pontos da proteína responsáveis por regular a movimentação célula reprodutiva masculina. O estudo também trabalhou em identificar qual a interação que faz com que as células fiquem paradas antes do momento certo.
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“Quem impulsiona o espermatozoide para dentro é o próprio processo de ejaculação. Somente depois de alguns minutos da ejaculação é que o espermatozoide vai adquirir a motilidade progressiva para seguir a jornada dele”, explicou Silva. Para o pesquisador, a ideia seria de um anticoncepcional que fosse capaz de interromper a movimentação dos espermatozoides com efeito quase imediato.