Arqueólogos encontram fóssil de mulher grávida com artefatos que sugerem possível oferenda feita há 1.200 anos

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Arqueólogos no Equador encontraram os restos de uma mulher grávida e de seu feto. O sepultamento, descoberto no sítio arqueológico de Buen Suceso, data de aproximadamente 1.200 anos. A pesquisa revelou que a mulher estava grávida de sete a nove meses no momento de sua morte. Ela tinha entre 17 e 20 anos e possuía marcas em seu crânio e membros, sugerindo uma morte violenta, possivelmente causada por um golpe fatal na cabeça.

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O túmulo estava decorado com artefatos marinhos, como conchas nos olhos da mulher, adornos em forma de lua crescente e lâminas de obsidiana ao redor de seu corpo. Uma garra de caranguejo foi colocada em seu abdômen. A maioria desses artefatos era mais antiga do que o sepultamento, indicando que eram itens valiosos na época.

Hipóteses

Os arqueólogos sugerem duas possíveis explicações para esse sepultamento incomum. A primeira é que a mulher foi sacrificada durante um período marcado pelo fenômeno climático El Niño, que causava condições extremas, como secas e fortes chuvas. Nesse cenário, sua morte violenta poderia estar ligada à simbolização da fertilidade.

A segunda hipótese considera a grande importância das mulheres na sociedade Manteño, sugerindo que ela poderia ter sido eliminada por um rival para assumir seu poder. Esse status pode justificar tanto a violência em sua morte quanto a honra proporcionada pelos artefatos valiosos em seu túmulo.

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Os estudiosos ainda estão investigando o contexto do sepultamento, mas destacam que a descoberta abre novas perspectivas para a arqueologia no Equador. A descoberta também levanta questões sobre o impacto das condições ambientais e sociais na forma como a mulher e seu feto foram tratados. O artigo foi publicado na revista Latin American Antiquity e teve repercussão da Live Science.

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