Um dos edifícios mais emblemáticos do centro de Belo Horizonte, o Acaiaca, guarda em sua estrutura um segredo pouco conhecido: um bunker construído durante a Segunda Guerra Mundial. Após décadas fechado, o abrigo subterrâneo foi restaurado e agora pode ser visitado.
O prédio, inaugurado em 1942, seguiu uma norma da época que determinava a inclusão de bunkers em edifícios com mais de cinco andares, como medida de proteção contra possíveis ataques aéreos. Apesar de nunca ter sido utilizado para esse fim, o espaço permaneceu preservado ao longo dos anos. Segundo registros da época, ele poderia abrigar até 160 pessoas, que teriam poucos minutos para se proteger em caso de ameaça.
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“Felizmente, nunca foi necessário usar esse bunker, mas agora ele se tornou parte da nossa memória e está aberto para visitação”, explicou Antônio Costa Miranda, síndico do edifício.
Além da estrutura original, que inclui paredes reforçadas, sistema de ventilação e portas giratórias típicas de abrigos militares, o espaço recebeu intervenções artísticas que ressignificam sua história. Murais com imagens de pássaros e crianças foram pintados para transmitir mensagens de paz e renovação.
“A ideia era transformar esse lugar em um símbolo de esperança, não apenas em um cenário de guerra”, destacou a artista e educadora Vilma Oliveira Coelho.
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Carol Smocowisk, uma das artistas envolvidas, reforçou o desejo de que o bunker continue servindo apenas como um espaço de memória. “Que ele nunca precise ser usado para o propósito original e siga sendo apenas um local para reflexão sobre a história.”
