Cientistas brasileiros criam minicérebros para estudar o segredo por trás do envelhecimento saudável

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Cientistas brasileiros estão estudando o segredo do envelhecimento saudável por meio da criação de minicérebros em laboratório. A pesquisa, conduzida pelo Centro de Estudos do Genoma Humano e de Células-Tronco (CEGH-CEL) na USP, busca entender os genes responsáveis pela longevidade de centenários saudáveis. Amostras de 75 voluntários já foram coletadas, e os cientistas continuam recrutando novos participantes para expandir o estudo. O objetivo é identificar genes protetores contra doenças como Alzheimer e Parkinson.

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Os pesquisadores transformam células sanguíneas dos centenários em células-tronco pluripotentes induzidas (iPS). Essas células podem ser diferenciadas em diversos tipos, incluindo neurônios, possibilitando a criação de minicérebros. Esses organoides permitem estudar como os genes influenciam o envelhecimento cerebral e a proteção contra doenças neurodegenerativas. Além disso, os cientistas estão investindo no desenvolvimento de modelos mais complexos, que imitam melhor o funcionamento do cérebro humano.

Um dos desafios é tornar os minicérebros mais representativos do envelhecimento real. Normalmente, as células iPS apresentam características embrionárias, dificultando a reprodução do envelhecimento cerebral. Para contornar isso, os pesquisadores estão buscando formas de induzir fatores de estresse típicos da velhice. Dessa maneira, será possível analisar como o cérebro dos centenários resiste ao tempo e quais mecanismos garantem sua preservação.

Estudo com centenários

Entre os centenários estudados, há casos impressionantes. A freira Inah Canabarro Lucas, de 116 anos, por exemplo, se recuperou da COVID-19 sem complicações. Laura, de 105 anos, começou a nadar aos 70 e ainda ganha medalhas. Além disso, Milton, veterinário de 108 anos, manteve a memória afiada e discutia avanços científicos com entusiasmo. Essas histórias mostram que a genética pode ser um fator decisivo para um envelhecimento saudável, algo que os minicérebros ajudarão a entender melhor.

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