Uma tragédia abalou a Austrália quando uma menina de 8 anos morreu após seus pais, membros de um grupo religioso extremista, proibirem o uso de insulina. A criança, diagnosticada com diabetes, precisou do medicamento para sobreviver, mas os pais acreditavam que Deus poderia curá-la. Eles suspenderam as injeções de insulina e, ao invés de procurar ajuda médica, reuniram membros do grupo religioso ao redor da filha para rezar.
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No início de 2022, o pai da menina, Jason Struhs, afirmou que “Deus havia curado” a filha. A menina tomou sua última dose de insulina e foi orientada a não usar mais o medicamento. Nos dias seguintes, ela ficou cada vez mais fraca, vomitou, perdeu a consciência e não conseguia se mover. Mesmo diante desses sinais, o líder do grupo, Brendan Stevens, declarou que “Deus prevaleceria”.
Em 7 de janeiro de 2022, Elizabeth parou de respirar. Os membros do grupo continuaram orando e cantando, acreditando que ela seria ressuscitada. A emergência só foi acionada 36 horas depois da morte da menina. Quando a polícia chegou, encontrou o grupo em oração, sem ter buscado socorro médico.
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Os pais foram inicialmente acusados de assassinato, mas a acusação foi reduzida para homicídio culposo. O juiz reconheceu que, apesar do amor dos pais, a menina foi privada do tratamento que poderia tê-la salvado. A irmã mais velha de Elizabeth, Jayde, que deixou a família aos 16 anos por não concordar com as práticas do grupo, expressou tristeza pelo ocorrido e criticou o sistema por não ter protegido a menina antes. Ela afirmou que o sistema falhou em impedir que Elizabeth ficasse em uma situação tão perigosa. As informações são da BBC.