O Departamento de Bombeiros de Nova York (FDNY) confirmou a morte do bombeiro aposentado Thomas Dunn, que enfrentava problemas de saúde decorrentes de sua atuação nos resgates do atentado de 11 de Setembro. Ele faleceu no último sábado (1º), após anos lidando com complicações respiratórias e outras condições associadas à exposição tóxica no local da tragédia.
Ex-integrante da Engine Company 234, no Brooklyn, Dunn dedicou sete anos ao FDNY, sendo lembrado por colegas como um profissional comprometido e corajoso. Em publicação nas redes sociais, a corporação prestou homenagem ao veterano. “Ele respondeu ao chamado quando sua cidade mais precisou dele. Que sua memória seja uma bênção”, declarou a unidade.
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A Uniformed Firefighters Association, organização que defende os interesses dos bombeiros nova-iorquinos, também expressou pesar pela perda. “A família de Thomas já enfrentou tragédias, incluindo a morte de seu irmão, Jimmy Dunn, há oito anos. Pedimos que todos mantenham seus entes queridos em suas orações”, destacou o grupo.
Companheiros de profissão recordaram a trajetória do bombeiro. Vincent Dunn, tio de Thomas, ressaltou que ele sobreviveu ao colapso das Torres Gêmeas e passou meses trabalhando nos escombros em busca de vítimas. Segundo relatos, ao longo dos anos, o bombeiro enfrentou crises respiratórias severas e infecções persistentes, consequência da inalação de fumaça e partículas tóxicas nos destroços do ataque.
Os efeitos do atentado continuam impactando a vida de socorristas que atuaram no resgate. Desde 2001, mais de 370 bombeiros morreram em decorrência de doenças relacionadas à exposição no local da tragédia. No dia do ataque, 340 integrantes do FDNY perderam a vida, além das quase 3.000 vítimas fatais contabilizadas.
A despedida de Thomas Dunn reforça o legado dos profissionais que arriscaram suas vidas naquele dia e as consequências duradouras da tragédia para aqueles que sobreviveram.