Uma técnica desenvolvida com o objetivo de utilizar nanodiamantes com propriedades quânticas, inserindo as pequenas pedras em estruturas minúsculas utilizando um tipo de laser, foi desenvolvido por cientistas do Instituto de Física de São Carlos da USP, apoiados pela FAPESP.
O método em questão pode conceder permissão para aplicação dos nanodiamantes na computação quântica e também no rastreamento e identificação de células em estudos biológicos, o que permite avanços na área.
As pedras com centro de vacância de nitrogênio (NV, da sigla em inglês) são caracterizadas por terem um “defeito” em suas estruturas cristalinas. No lugar de um átomo de nitrogênio, é encontrado carbono, e um espaço fica vazio na rede que conecta a estrutura, o que confere a capacidade fluorescente.
A equipe de pesquisa encontrou um modo de aplicar esses nanodiamantes, inserindo-os em microestruturas. Elas são construídas usando um método chamado polimerização por absorção de dois fótons (2PP), como uma escrita a laser em uma substância que ainda não está totalmente sólida.
Os nanodiamantes foram misturados com água desmineralizada e um material sensível à luz, o fotorresiste. Posteriormente, foram preparados as amostras, com um laser poderoso tendo sido usado para criação das estruturas minúsculas.
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Essas novas microestruturas com nanodiamantes são importantes para a fotônica e a tecnologia quântica, que são áreas da ciência que estudam a luz e partículas subatômicas.