Um novo estudo científico trouxe revelações acerca dos impactos positivos causados pela utilização da energia solar. A última descoberta aconteceu com a construção de um painel de dupla face, onde pesquisadores fabricaram com nanotubos de carbono de parede única como eletrodos frontais e traseiros.
Os cientistas do Instituto de Tecnologia Avançada de Surrey, no Reino Unido, junto a colegas da Universidade de Cambridge, da Academia Chinesa de Ciências, da Universidade Xidian e da Universidade de Zhengzhou, na China, trouxeram a construção do material.
A composição destes nanotubos é que possuem apenas 2,2 nanômetros de diâmetro, uma composição um pouco mais fina que uma fita de DNA humano. Um pedaço de papel é mais grosso que 45 mil nanotubos empilhados uns sobre os outros.
“Nossas células bifaciais podem coletar a luz solar dos painéis frontal e traseiro. Isso gera mais energia e depende menos do ângulo em que a luz as atinge”, explicou Jing Zhang, pesquisador do Instituto de Tecnologia Avançada de Surrey.
“Os nanotubos de carbono que usamos são muito transparentes e conduzem bem a eletricidade. Eles têm o potencial de trazer energia limpa ao alcance de milhões de pessoas – e estamos ansiosos para ver como nossa invenção será usada”, disse ele. Os painéis podem gerar mais de 36 megawatts por centímetro quadrado. Além disso, o painel traseiro produziu quase 97% da energia que o painel frontal produziu.
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“O mundo não pode descarbonizar sem energia solar. No entanto, isso requer energia solar muito mais barata do que a disponível atualmente. Painéis que podem absorver a energia do sol em ambos os lados são uma ótima maneira para tornar a tecnologia mais econômica”, explicou Ravi Silva, professor e diretor no Instituto de Tecnologia de Surrey.