Um programa de preservação de corujas-malhadas na Colúmbia Britânica, no Canadá, encontrou uma maneira inusitada de arrecadar fundos para a espécie ameaçada de extinção. A campanha, chamada “No regRATS”, permite que doadores batizem um rato morto com o nome de um ex-parceiro ou desafeto antes que ele seja servido como alimento a uma coruja.
Por uma doação mínima de 5 dólares canadenses (cerca de 20 reais), os participantes recebem um vídeo e uma foto do roedor sendo devorado, em uma ação que busca tanto o engajamento público quanto a captação de recursos para a manutenção do programa de reprodução das corujas. A iniciativa foi lançada às vésperas do Dia dos Namorados no Canadá e tem gerado repercussão.
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Enquanto apoiadores enxergam a proposta como uma forma criativa de atrair atenção para a causa ambiental, críticos alegam que a campanha pode transmitir uma visão negativa sobre os ratos. “Isso é cruel e perpetua um estigma injusto contra os roedores. Por que não escolher mosquitos ou carrapatos?”, questionou um usuário nas redes sociais.
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Os organizadores defendem a ação, ressaltando que os ratos já fazem parte da dieta das corujas e que o objetivo é apenas adicionar um toque de humor à campanha. “As corujas se alimentariam dos ratos de qualquer forma. Estamos apenas tentando tornar a arrecadação de fundos mais interativa”, explicaram em resposta nas redes sociais.
Apesar da polêmica, a iniciativa tem impulsionado a visibilidade do programa, que busca reverter a drástica redução da população de corujas-malhadas na região devido à destruição de seu habitat. A expectativa é que a campanha contribua para a continuidade dos esforços de preservação da espécie.