Um aumento significativo na atividade sísmica sob o Monte Spurr, no Alasca, tem chamado a atenção dos especialistas do Observatório de Vulcões do Alasca (AVO). Desde abril de 2024, a região vem registrando um número crescente de tremores, chegando a uma média de 125 por semana no início de fevereiro de 2025.
O Monte Spurr é um complexo de estratovulcões localizado no Arco das Aleutas e teve apenas duas erupções documentadas, em 1953 e 1992. Na última atividade, colunas de cinzas se espalharam rapidamente por diversas áreas do Alasca, chegando ao Atlântico Norte em poucos dias. Além disso, a instabilidade causou avalanches vulcânicas que temporariamente represaram o rio Chakachatna.
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Os cientistas avaliam diferentes possibilidades diante da atual instabilidade. Caso o magma não atinja a superfície, os tremores podem diminuir gradativamente nos próximos meses. Entretanto, se a atividade continuar crescendo, há chances de uma nova erupção no Pico da Cratera, como ocorreu nas décadas passadas.
Em um cenário menos provável, mas de maior impacto, o próprio cume do Monte Spurr poderia ser o ponto de erupção. Caso isso ocorra, o derretimento de grandes massas de gelo glacial pode gerar inundações e deslizamentos, ampliando os riscos para a região.
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Até o momento, os pesquisadores seguem monitorando os dados em tempo real para avaliar se o vulcão permanecerá apenas agitado ou se um novo evento explosivo está prestes a acontecer.