Uma pesquisa feita pela região da Amazônia trouxeram estudos em busca de substâncias com potencial antibiótico e antitumoral, e que apontaram a possibilidade de medicamentos serem desenvolvidos.
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A equipe de pesquisadores, formada pela parceria entre CNPEM e a Universidade Federal do Pará (UFPA), investigou três espécies bacterianas das classes Actinomycetes e Bacilli isoladas, de solo da Amazônia, compreendendo bactérias do gênero Streptomyces, Rhodococcus e Brevibacillus.
A tecnologia de sequenciamento baseada em nanoporos permite a análise em tempo real e a leitura direta de DNA. Foi possível olhar para os genes e entender como eles atuam na construção de enzimas após o sequenciamento. O passo final foi levar a produção para uma escala de laboratório.
Com uma técnica avançada chamada metabologenômica, os pesquisadores “convenceram” espécies de bactérias de manejo comum no laboratório a aceitarem esses genes e produzirem as substâncias, produzindo quantidades que possam ser testadas e trabalhadas.
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“Com o DNA codificante alvo, a bactéria domesticada, que não produzia o metabólito de interesse, passa a produzi-lo, pois recebeu artificialmente a sequência de DNA que vimos na floresta. Assim temos acesso a esta molécula para desenvolver novos fármacos a partir dela. Ou seja, um acesso a novas moléculas a partir de uma rota biotecnológica”, disse Daniela Trivella, coordenadora de Descoberta de Fármacos do LNBio (Laboratório Nacional de Biociências).