Um novo estudo realizado trouxe avaliações sobre as associações entre mobilidade de riqueza e saúde cardiovascular no período do longo prazo. O estudo, feito por pesquisadores do Brigham and Women’s Hospital, usou a metodologia do campo da economia para analisar as mudanças longitudinais na riqueza.
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Os resultados da equipe indicam que a mobilidade negativa da riqueza está associada a um risco aumentado de eventos cardiovasculares, enquanto as mudanças positivas da riqueza estão associadas a uma diminuição do risco de eventos cardiovasculares.
“A baixa riqueza é um fator de risco que pode mudar dinamicamente ao longo da vida de uma pessoa e pode influenciar o estado de saúde cardiovascular de uma pessoa”, declarou Muthiah Vaduganathan, da Divisão de Medicina Cardiovascular da Brigham.
Outro estudo, inclusive, reuniu os dados do RAND Health and Retirement Study (HRS) e por mais que os dados patrimoniais sejam raramente categorizados na maioria dos estudos, o HRS capturou exclusivamente informações detalhadas sobre habitação (residência principal, hipotecas, empréstimos imobiliários e muito mais) e não habitacionais (veículos, empresas, ações, fundos mútuos, contas correntes e de poupança e muito mais).
“Renda e riqueza, embora talvez usadas de forma informal de forma intercambiável, na verdade fornecem perspectivas diferentes e complementares”, afirmou Sara Machado, economista do Departamento de Política de Saúde da London School of Economics, com base nos dados registrados entre janeiro de 1992 e dezembro de 2016.
Deste modo, a mobilidade de riqueza para cima foi definida como um aumento de pelo menos um quintil de riqueza e, da mesma forma, a mobilidade de riqueza para baixo foi definida como uma diminuição de pelo menos um quintil em relação aos pares de idade semelhante. Ao todo, um aumento da riqueza foi associado à proteção contra doenças cardiovasculares e a diminuição interligada ao risco cardiovascular.
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“Reduções na riqueza estão associadas a mais estresse, menos comportamentos saudáveis e menos tempo de lazer, todos associados a uma pior saúde cardiovascular”, pontuou Andrew Sumarsono, médico da Divisão de Medicina Hospitalar da University of Texas Southwestern.