Desde pequenos, ouvimos que entrar na piscina depois de comer faz mal. Mas será que isso é verdade? Especialistas explicam que essa recomendação tem um fundo de verdade, mas não precisa ser levada ao extremo. O problema surge apenas quando há esforço físico intenso na água logo após a refeição.
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Quando comemos, o corpo direciona mais sangue para a digestão. Isso reduz o fluxo para os músculos, o que pode causar desconforto e cãibras em atividades intensas. No entanto, entrar na piscina para relaxar não representa risco à saúde. Segundo a endocrinologista Lívia Marcela, mestre e doutora em Endocrinologia Clínica, o perigo não está na água, mas no esforço feito dentro dela.
Refeições pesadas podem intensificar esse efeito. Alimentos ricos em gordura exigem mais energia para a digestão, aumentando o desconforto durante exercícios. Para evitar problemas, a nutróloga Sandra Fernandes, da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran), recomenda esperar pelo menos 1 hora após uma refeição grande antes de atividades intensas. Já refeições leves, como frutas, exigem menos tempo de espera.
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Se a intenção for apenas se refrescar, não há restrições. Mas se a ideia for praticar natação ou outra atividade intensa, a endocrinologista pediatra e nutróloga pediatra Izabella Tamira, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), sugere aguardar o tempo certo. Com equilíbrio e atenção ao que se come, é possível aproveitar a piscina sem preocupações.
Fonte: EU Atleta/ge.globo