A recente erupção do Monte Etna, iniciada em 8 de fevereiro, atraiu um grande número de turistas à região, resultando em problemas logísticos e riscos à segurança. O intenso fluxo de visitantes bloqueou vias de acesso e dificultou o trabalho das equipes de emergência, levando as autoridades italianas a reforçarem medidas de restrição.
Salvo Cocina, chefe da Proteção Civil Regional da Sicília, relatou que aproximadamente mil pessoas se dirigiram à área afetada, causando congestionamentos e dificultando o deslocamento de veículos de resgate. Além disso, as condições do terreno, agravadas pela neve, aumentaram os perigos para aqueles que tentavam se aproximar da lava.
“Com pouca visibilidade, o risco de quedas e afundamentos na neve se torna ainda maior”, alertou Cocina.
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O prefeito de Adrano, Fabio Mancuso, destacou que, apesar do espetáculo visual proporcionado pela erupção, aproximar-se das lavas pode ser fatal. O contato entre a lava quente e a neve pode gerar explosões, lançando fragmentos de rocha a grandes distâncias. Para conter o avanço dos turistas, Mancuso assinou uma ordem proibindo a aproximação das áreas de risco.
Mesmo com as restrições, muitas pessoas continuam compartilhando registros feitos perto dos fluxos de lava. Em Ragalna, outra comunidade próxima ao vulcão, foi estabelecida uma zona de segurança, exigindo que os visitantes se mantivessem a pelo menos 500 metros da atividade vulcânica.
A agência de turismo Go-Etna informou que algumas pessoas conseguiram chegar às áreas restritas antes da ampliação das medidas de segurança. “A erupção está ocorrendo em uma região menos explorada pelos turistas, o que torna o controle ainda mais desafiador”, explicou Giulia Campisi, porta-voz da empresa.
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O diretor do Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia, Stefano Branca, descreveu a atividade como uma “erupção típica de cume”, ressaltando que os riscos são maiores para aqueles que se aproximam do fluxo de lava.
Nos últimos dias, as equipes de resgate tiveram dificuldades para acessar áreas congestionadas. O jornal local Etna News 24 informou que oito pessoas precisaram de socorro após se perderem na região, e uma delas recebeu atendimento médico por crise de pânico.
Diante do cenário, Carlo Caputo, prefeito de Belpasso, sugeriu a criação de um órgão para regular o turismo no local. “O Etna não é uma atração turística comum, mas um vulcão ativo que exige regulamentação específica”, afirmou.
