Durante anos, acreditou-se que os elefantes possuíam uma resistência excepcional ao câncer, desafiando a lógica biológica de que animais de grande porte teriam maior risco de desenvolver a doença. No entanto, um estudo publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences questiona essa ideia e revela que a incidência de câncer nesses mamíferos é maior do que se pensava.
A pesquisa analisou dados de 263 espécies e indicou que os elefantes apresentam taxas da doença comparáveis às de animais muito menores, como os tigres. A descoberta contraria a teoria do Paradoxo de Peto, que sugere que espécies de grande porte possuem mecanismos naturais mais eficientes para evitar tumores.
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Apesar disso, os elefantes ainda possuem defesas importantes contra o câncer, como a presença de cerca de 20 cópias do gene TP53, um conhecido supressor de tumores, enquanto os humanos têm apenas uma. Essa característica pode ajudar a reduzir os danos causados por mutações celulares, embora não os torne imunes à doença.
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O estudo reforça que, embora os elefantes tenham evoluído com mecanismos para lidar com a multiplicação celular, eles não estão livres do câncer. Os resultados também abrem caminho para novas pesquisas sobre como essas defesas naturais podem inspirar tratamentos mais eficazes para os seres humanos.