O caso de Laura Winham, uma mulher de 38 anos com histórico de problemas de saúde mental, reacendeu o debate sobre a assistência social no Reino Unido. Seu corpo foi encontrado em 2021, três anos após sua morte, dentro de seu apartamento em Woking, no condado de Surrey. A família alega que ela foi negligenciada pelo sistema de apoio e que poderia ter sido salva caso houvesse um acompanhamento adequado.
Diagnosticada com transtorno delirante, Laura havia perdido contato com os familiares desde 2014. Eles acreditavam que ela estava sendo monitorada pelos serviços sociais. No entanto, investigações apontam que, apesar de sinais de alerta sobre sua condição, nenhuma visita presencial foi realizada após uma última tentativa de contato em 2017.
Documentos do inquérito indicam que a polícia chegou a emitir um alerta sobre a vulnerabilidade de Laura naquele ano. Relatos apontavam que ela vivia sem telefone, amigos ou qualquer suporte próximo. Mesmo assim, as autoridades enviaram apenas uma carta para verificar sua situação, sem levar em conta que ela era surda e poderia não ter compreendido a comunicação. O caso foi arquivado sem novas diligências.
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Acredita-se que Laura tenha falecido ainda em 2017, período em que parou de fazer compras, escrever em seu diário e atualizar seu calendário. Seu irmão, Roy Winham, encontrou os restos mortais em 2021, após insistir para que a polícia arrombasse o apartamento.
Um relatório conduzido pela legista Karen Henderson apontou que houve “oportunidades perdidas” para intervir e prestar assistência a Laura, mas não foi possível determinar se essas falhas foram a causa direta de sua morte. A família, no entanto, responsabiliza o sistema social e defende que mudanças sejam implementadas para evitar casos semelhantes no futuro.
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“O que aconteceu com Laura mostra a falha de um sistema que deveria proteger os mais vulneráveis. Esperamos que sua história leve a melhorias para que ninguém mais passe por isso”, declarou o advogado da família, Iftikhar Manzoor, ao jornal britânico The Independent.
