Pessoas que consomem ultraprocessados veganos são mais propensos à inadequação do consumo de proteínas. O trabalho avaliou o consumo alimentar de 774 pessoas veganas a partir de um recordatório alimentar, que registra tudo o que se consome ao longo de um dia típico, feito na Universidade de São Paulo (USP), e publicada no Jama Network Open.
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A partir disto, os pesquisadores quantificaram não apenas os nutrientes ingeridos, mas também a contribuição calórica por grau de processamento. Os resultados indicaram que a maioria dos participantes consome proteínas e aminoácidos essenciais em níveis adequados.
Esses aminoácidos, fundamentais para o metabolismo, não são produzidos pelo organismo e precisam ser obtidos por meio da alimentação. Outro ponto observado foi que aqueles que consumiam menos alimentos ultraprocessados tinham maior chance de não atingir a quantidade adequada de proteínas na dieta.
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“O fato de o estudo ter apontado que muitas pessoas com esse tipo de alimentação atingem a quantidade recomendada de proteínas, mas com a dependência de alimentos ultraprocessados, faz sentido em um contexto em que fontes vegetais integrais, embora ricas em nutrientes, podem ter uma densidade proteica mais baixa em relação às de fonte animal, exigindo porções maiores para alcançar as metas nutricionais”, afirma Serena del Favero, nutricionista do Espaço Einstein, unidade de esporte e reabilitação do Hospital Israelita Albert Einstein.