As pessoas que vivem mais dias de calor intenso apresentam maior risco a passarem pelo envelhecimento biológico do que aqueles que vivem em regiões frias, segundo um estudo científico publicado na revista científica Science Advances.
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Antes de tudo, o envelhecimento biológico é o termo usado para o processo de declínio das funções dos tecidos e órgãos do corpo e pode ocorrer de forma independente do envelhecimento cronológico, o relacionado à passagem dos anos.
De acordo com o estudo, realizado pela Escola de Gerontologia Leonard Davis da Universidade do Sul da Califórnia (USC), sugere que a maior exposição ao calor extremo acelera esse processo em adultos mais velhos, levantando preocupações sobre os impactos das ondas de calor e das mudanças climáticas.
Para realização do estudo, os pesquisadores examinaram como a idade biológica (como o corpo funciona nos níveis molecular, celular e sistêmico), mudou em mais de 3,6 mil participantes do Estudo de Saúde e Aposentadoria com 56 anos ou mais de todos os Estados Unidos.
Os pesquisadores usaram ferramentas matemáticas chamadas relógios epigenéticos para análise dos padrões de metilação e estimativa de idades biológicas em diferentes pontos de tempo. Eles compararam as mudanças na idade biológica dos participantes com o histórico de índice de calor de sua localização e o número de dias de calor.
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Para Jennifer Ailshire, autora sênior do estudo e professora de gerontologia e sociologia na Escola Leonard Davis da USC, adultos mais velhos são particularmente vulneráveis aos efeitos do calor extremo. “É realmente sobre a combinação de calor e umidade, particularmente para adultos mais velhos, porque adultos mais velhos não suam da mesma forma. Começamos a perder nossa capacidade de ter o efeito de resfriamento da pele que vem dessa evaporação do suor”, explicou.