













O diagnóstico de Covid-19 em quadros leves tendem, a curto e médio prazo, apresentar desequilíbrios no sistema cardiovascular, precisando buscar tratamento de reabilitação, segundo um estudo com 130 voluntários conduzido na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) com apoio da FAPESP.
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Os dados, divulgados na revista Scientific Reports, foram testados no período de seis semanas após a infecção, e apresentaram uma diminuição drástica na variabilidade da frequência cardíaca (VFC), ou seja, na variação do tempo entre cada batimento do coração.
Os que foram testados nos períodos entre dois e seis meses ou entre sete e 12 meses após a infecção mostraram melhoras paulatinas, mas sem chegar ao patamar do grupo-controle – composto por pessoas não infectadas pelo SARS-CoV-2.
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“Este estudo reforça a necessidade de programas de reabilitação até para pessoas que tiveram Covid-19 leve e não foram hospitalizadas. Os participantes tinham em média 40 anos de idade e alguns apresentavam fatores de risco para doença cardiovascular, como colesterol elevado, tabagismo, diabetes, obesidade e hipertensão arterial. Aparentemente, a Covid-19 potencializou esse desequilíbrio cardiovascular e, por consequência, aumentou o risco de doenças”, conta Audrey Borghi Silva, coordenadora do Laboratório de Fisioterapia Cardiopulmonar (Lacap) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).