Um novo estudo coloca trouxe uma nova percepção acerca da origem da linhagem neandertal, associada a uma perda significativa de diversidade genética.
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Uma equipe de acadêmicos da Universidade Binghamton e da Universidade Estadual de Nova York mediu a diversidade morfológica nos canais semicirculares em áreas responsáveis pelo nosso senso de equilíbrio. Foram feitas observações em fósseis encontrados em Atapuerca, na Espanha, Krapina, na Croácia, além de sítios da Ásia Ocidental.
“O desenvolvimento das estruturas do ouvido interno é conhecido por estar sob controle genético muito rígido, uma vez que elas são completamente formadas no momento do nascimento. Isso torna a variação nos canais semicirculares um proxy ideal para estudar relações evolutivas entre espécies no passado”, explicou o professor de antropologia Rolf Quam, em publicado na Nature Communications.
Os chamados “pré-neandertais”, encontrados em Atapuerca, datam de cerca de 400.000 e são considerados “ancestrais neandertais claros”, enquanto os neandertais surgiram há cerca de 250.000 anos dessas populações que habitaram o continente eurasiano entre 500.000 e 250.000 anos atrás.
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Os pesquisadores compararam as amostras dos neandertais “clássicos” de diferentes idades e origens geográficas para calcular a diversidade morfológica com os demais, e o resultado apontou uma perda de diversidade genética entre os primeiros neandertais e os neandertais “clássicos” posteriores. Os dados de DNA antigo indicam que o declínio na variação genética ocorreu há aproximadamente 110.000 anos.