Em um episódio inusitado, um homem procurou a polícia para denunciar um traficante que o enganou durante uma transação envolvendo maconha. Embora o uso recreativo da droga não seja considerado crime, o relato evidencia uma complexa discussão sobre boa-fé, ética e as consequências legais no contexto do tráfico de substâncias ilícitas.
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O homem explicou à polícia que, embora soubesse que a venda de maconha é ilegal, a atitude do traficante foi de má-fé. “Estou registrando o boletim para que esse criminoso, que tem lesado pessoas que, como eu, usam a Cannabis de maneira recreativa ou para necessidades médicas, seja investigado”, afirmou. Para ele, a transação foi prejudicial e desonesta, o que justificaria sua denúncia, apesar de reconhecer que o ato de compra não é legal.
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O delegado responsável pela investigação expressou surpresa com o caso, classificando-o como “inacreditável”. O fato de um usuário denunciar um traficante, mesmo sabendo da ilegalidade de sua ação, levanta questões sobre a ética e as motivações dos envolvidos. No entanto, o homem que fez a denúncia também pode ser responsabilizado. Se for comprovado que ele fez um relato falso ou exagerado, poderá ser acusado de “comunicação falsa de crime”, um crime em si.
