Tahawwur Hussain Rana, de 64 anos, desembarcou na Índia sob forte esquema de segurança nesta quinta-feira, após ser extraditado pelos Estados Unidos. Suspeito de envolvimento nos atentados que aterrorizam Mumbai em 2008, ele foi levado a uma base militar nos arredores de Nova Déli, onde ficará sob custódia até o julgamento.
O processo de extradição se estendeu por mais de uma década e foi descrito pelas autoridades indianas como resultado de “anos de esforços sustentados” para responsabilizar os autores do ataque, que durou três dias e resultou em 166 mortes. Segundo investigações, Rana teria atuado em colaboração com David Coleman Headley, condenado nos EUA após confessar participação nos atentados e sua ligação com o grupo extremista Lashkar-e-Taiba.
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Embora a Justiça americana tenha atribuído a Rana um papel secundário na trama, a Índia o considera uma peça-chave na execução do plano. As autoridades esperam que sua entrega represente um avanço significativo no caminho por justiça.
Rana, ex-médico militar paquistanês naturalizado canadense, se mudou para os Estados Unidos no fim dos anos 1990. Ele foi preso em 2009 por envolvimento com o LeT e, em 2013, condenado por apoiar uma conspiração para atacar o jornal dinamarquês Jyllands-Posten, mas absolvido da acusação direta pelos ataques em Mumbai.
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A transferência ocorreu após a Suprema Corte americana rejeitar o último recurso de sua defesa. “Finalmente, a longa espera acabou”, declarou o ministro-chefe do estado de Maharashtra, Devendra Fadnavis. “A justiça será feita.”