A demência, doença neurodegenerativa que afeta milhões de pessoas no mundo inteiro, pode ter seus riscos reduzidos por um medicamento extremamente comum: as estatinas.
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Em estudo recente, publicado na revista BMJ Journal of Neurology, Neurosurgery and Psychiatry, pesquisadores sul-coreanos descobriram que manter o colesterol “ruim” (LDL) em níveis baixos, mas não muito baixos, pode ser uma proteção contra a demência.
De acordo com a pesquisa, essa proteção parece ser maior em pessoas que usam estatinas do que naquelas que têm LDL naturalmente baixo, ao qual sugere que esses medicamentos para baixar os níveis de gordura no sangue podem ter efeitos protetores adicionais.
Embora os benefícios dos baixos níveis de LDL-C sejam conhecidos há longo tempo na proteção contra eventos cardiovasculares, sua relação com a demência tem sido menos clara. Deste modo, o objetivo geral do estudo atual foi “explorar a correlação entre os níveis de LDL-C e o risco de desenvolver demência, abrangendo demência por todas as causas e demência relacionada à doença de Alzheimer”.
Para os autores, altos níveis de LDL-C provocam inflamação, estresse oxidativo e desequilíbrio no colesterol cerebral, fatores implicados no surgimento da demência. Já o colesterol baixo reduz o risco de aterosclerose e doença cerebrovascular, precursores do declínio cognitivo.
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“Isso sugere que as estatinas podem ter efeitos neuroprotetores além de simplesmente reduzir o LDL-C, possivelmente por meio de um mecanismo anti-inflamatório ou vascular”, explica a CEO da Re:Cognition Health, Emer MacSweeney, ao Medical News Today.