Uma mansão em um dos bairros mais exclusivos de Los Angeles se tornou sinônimo de abandono e controvérsia. A propriedade, que pertenceu a Ibrahim bin Laden — meio-irmão de Osama bin Laden —, deve ser demolida após anos sem despertar o interesse do mercado imobiliário, mesmo com cortes significativos no valor de venda.
Localizada em Bel Air, a casa de 660 metros quadrados foi adquirida em 1983 pelo empresário saudita, integrante de uma das famílias mais ricas da Arábia Saudita. O imóvel, que já abrigou festas e empregados a serviço da alta sociedade californiana, está vazio desde os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001. Na ocasião, Ibrahim, que não estava nos Estados Unidos, optou por não retornar ao país.
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Originalmente colocada à venda por US$ 28 milhões, a mansão teve o preço reduzido para US$ 21,5 milhões, mas seguiu sem compradores até ser retirada oficialmente do mercado em 5 de abril deste ano. De acordo com o New York Post, a atual expectativa é que o imóvel seja demolido, embora nenhum pedido oficial tenha sido registrado até o momento.
Construída em estilo mediterrâneo, a mansão conta com sete quartos, cinco banheiros, casa de hóspedes, estufa e piscina. Apesar da localização privilegiada, aos pés das montanhas de Santa Monica e perto do icônico Hotel Bel-Air, o estado de conservação do imóvel é crítico. Com janelas seladas por tábuas e sinais de vandalismo, o interior foi tomado por pichações e danos estruturais.
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Durante a década de 1980 e parte dos anos 1990, Ibrahim bin Laden e sua então esposa, Christine Hartunian Sinay, viveram no local com a filha do casal. Relatos indicam uma vida de ostentação, com motoristas, seguranças e empregados domésticos. As informações foram detalhadas no livro Os Bin Ladens: Uma Família Árabe no Século Americano, do jornalista Steve Coll.
Hoje, a mansão representa um contraste gritante entre o luxo de seu passado e o abandono presente. Com seu destino indefinido, ela se tornou um símbolo das marcas deixadas por questões familiares, geopolíticas e do estigma que o nome Bin Laden carrega até hoje.