Durante grande parte do século XX, escolas francesas incluíam bebidas alcoólicas nas refeições de estudantes, inclusive crianças. Em diversas regiões do país, era socialmente aceitável oferecer vinho diluído, sidra ou cervejas leves nas instituições de ensino.
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Embora não existisse uma padronização oficial, relatos apontam que alguns alunos chegavam a consumir até meio litro por dia. No entanto, essa quantidade variava de acordo com a escola, a região e os costumes locais. Na prática, a decisão ficava a critério dos próprios estabelecimentos.
Com o passar dos anos, aumentaram as discussões sobre os riscos do consumo precoce de álcool. Pesquisas e campanhas de saúde pública passaram a destacar os impactos negativos à saúde das crianças. Nesse contexto, o governo francês começou a agir.
Em 1956, entrou em vigor a primeira medida legal, que proibiu o fornecimento de bebidas alcoólicas para menores de 14 anos dentro das escolas. A decisão marcou um ponto de virada na política educacional do país.
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Apesar da primeira restrição, a prática persistiu por algum tempo. Foi apenas em 1981 que a França instituiu a proibição total de álcool nas escolas, independentemente da idade dos alunos. A partir daí, o costume foi desaparecendo gradualmente. Além das mudanças legais, houve também uma transformação cultural. A sociedade francesa passou a valorizar mais o bem-estar das crianças e a adotar uma postura mais crítica em relação ao consumo de álcool na infância.
