Um evento curioso e ao mesmo tempo provocador está prestes a acontecer em Los Angeles, nos Estados Unidos. No dia 25 de abril, o Hollywood Palladium será palco da primeira competição esportiva protagonizada por espermatozoides humanos, idealizada pela startup americana Sperm Racing.
O campeonato, que contará com público presencial e transmissão online, deve reunir mais de mil pessoas e promete entregar todos os elementos de um evento esportivo tradicional: narração ao vivo, replays, estatísticas, apostas e até coletiva de imprensa. A diferença? Os “atletas” são microscópicos.
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Para tornar a corrida possível, a empresa afirma ter desenvolvido um ambiente que simula condições reais do sistema reprodutor humano, incluindo fluidos e sinais químicos. Câmeras especiais registram em tempo real o desempenho das amostras, que competem em duelos eliminatórios. O espermatozoide mais rápido a completar o trajeto vence.
“Estamos transformando saúde em espetáculo”, declarou Eric Zhu, um dos fundadores da empresa, ao site Xataka-On.
Por trás da irreverência, no entanto, há uma proposta mais séria. A iniciativa busca destacar um problema crescente na saúde pública: a queda global da fertilidade masculina. Segundo os organizadores, a competição serve também como forma de conscientização sobre o tema.
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A motilidade — capacidade de movimento dos espermatozoides — é um dos principais indicadores de fertilidade. Estudos recentes apontam uma redução de mais de 50% na contagem espermática nos últimos 50 anos, o que tem gerado preocupação entre médicos e pesquisadores.
A ideia, que inicialmente gerou ceticismo nas redes, já atraiu investidores. De acordo com o site Traded, a startup arrecadou US$ 1 milhão em uma rodada recente de financiamento liderada pelos fundos Karatage, Figment Capital e Karman.