Vladimir Petrovich Demikhov, um cientista soviético, chocou o mundo da ciência na década de 1950 ao realizar um experimento que criava cães de duas cabeças. Em 1959, ele conduziu uma cirurgia controversa que foi registrada pelo fotógrafo Howard Sochurek, da revista Life.
De acordo com informações divulgadas pela BBC, durante o experimento, Demikhov utilizou Brodyaga, um vira-lata resgatado, e Shavka, uma cadela de nove anos que se tornaria a “cabeça convidada”. O procedimento durou mais de três horas e resultou em uma criatura que, infelizmente, sobreviveu apenas quatro dias.
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Na época, as imagens em preto e branco que Sochurek publicou na Life revelaram o dilema moral em torno da manipulação de seres vivos. Konstantinov, um especialista em transplantes, descreveu as fotos como representações de animais torturados.
Os objetivos do cientista
No entanto, Demikhov defendeu seu trabalho, afirmando que ele demonstrava a viabilidade de transplantes de órgãos, uma ideia que muitos consideravam grotesca na época.
Demikhov também sonhava com um futuro onde um “banco de tecidos” salvaria vidas por meio de transplantes. Naquele período, a medicina estava apenas começando a explorar essa área. Ele imaginava que acidentados sem esperança receberiam novos órgãos de um banco, desafiando as normas éticas da medicina.
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Por fim, apesar de suas inovações, como o primeiro aparelho mecânico de assistência cardíaca, os experimentos com cães de duas cabeças ofuscaram seu legado. Durante o 18º Congresso Internacional de Cirurgia em 1959, os críticos o denunciaram como charlatão; no entanto, ele continuou seus trabalhos sob a proteção do exército soviético.
Demikhov faleceu em 1998, aos 82 anos, e recebeu a Ordem por Serviços à Pátria em reconhecimento ao seu trabalho. Sua história destaca como a busca pelo impossível pode levar a dilemas éticos complexos.
Confira aqui algumas imagens do experimento polêmico.