Filha dos deuses marinhos Fórcis e Ceto, Medusa era a única mortal entre as três Górgonas. Celebrada inicialmente por sua beleza singular, sua trajetória ganhou contornos trágicos após ser violentada por Poseidon no templo de Atena — um ato que, em vez de compaixão, lhe rendeu a punição da própria deusa, que a transformou em um monstro capaz de petrificar com o olhar.
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Na obra, Gruender propõe uma releitura da lenda, afastando-se da tradicional imagem de Medusa como ameaça. Ao invés disso, a autora revela a história de uma mulher marcada pela dor e pela injustiça, destacando sua luta pela preservação da própria identidade diante da violência e da condenação.
Medusa insere-se em uma tendência contemporânea da literatura que busca recontar os mitos antigos sob novas lentes, colocando em evidência personagens femininas antes vistas apenas como antagonistas. A proposta é não apenas reescrever histórias, mas também provocar reflexões sobre temas como violência, poder e resistência através das figuras mitológicas.