A graduação em Medicina continua entre as mais concorridas do país, mesmo após uma queda significativa na disputa por vagas. De acordo com o levantamento Demografia Médica, divulgado em 30 de abril pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), a relação de candidatos por vaga caiu 59,5% entre 2014 e 2023 — passando de 46,51 para 18,81.
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Embora o número total de interessados tenha recuado cerca de 9,5% no período, o principal fator para a redução da concorrência foi o aumento expressivo das vagas ofertadas. Em apenas nove anos, essa quantidade mais que dobrou, ampliando o acesso ao curso.
Apesar da queda, Medicina segue como uma das graduações mais buscadas do ensino superior. Ademais, continua à frente de carreiras tradicionais da área da saúde, como enfermagem, farmácia e odontologia. Também supera cursos consagrados em outros campos, como engenharia civil e direito.
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A concorrência, no entanto, varia bastante entre as instituições. Em 2023, as universidades públicas apresentaram uma taxa de disputa quase dez vezes maior do que as privadas. Isso se deve, sobretudo, aos altos custos das mensalidades nas faculdades particulares de Medicina, que restringem o número de candidatos. Com informações do Estadão.
Além disso, outros fatores como o tamanho do município e a tradição da escola médica influenciam diretamente essa disputa. Cidades menores tendem a registrar menor concorrência, enquanto instituições mais antigas costumam atrair mais estudantes por vaga. O estudo também delineou o perfil predominante dos estudantes de Medicina, com base em dados do Censo da Educação Superior do Inep. A maioria dos alunos é composta por mulheres jovens, com menos de 24 anos, brancas e oriundas de escolas particulares.
