A jovem alemã Emelie, de 19 anos, tem emocionado milhares de pessoas ao redor do mundo ao compartilhar sua jornada de reabilitação após sofrer uma grave lesão na medula espinhal. Sua trajetória ganhou destaque nas redes sociais, especialmente após a divulgação de um vídeo marcante — com mais de 24 milhões de visualizações — em que ela aparece deixando a cadeira de rodas e dando os primeiros passos com o auxílio de um traje especial.
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O equipamento usado por Emelie é o Mollii Suit, uma roupa neuromuscular desenvolvida pela empresa sueca Remotion. Esse traje de última geração envia impulsos elétricos suaves de baixa frequência diretamente aos músculos, promovendo relaxamento e aliviando a rigidez típica de condições neurológicas, como a espasticidade — um desafio frequente entre pessoas que sofreram lesões cerebrais ou medulares.
Além disso, o Mollii Suit é indicado para quem tem paralisia cerebral, sequelas de AVC ou danos na medula espinhal. Sua principal vantagem está na personalização: ele atua sem causar dor, não exige medicamentos e adapta-se às necessidades específicas de cada paciente.
Emelie sofreu a lesão nas vértebras torácicas T11 e T12, o que comprometeu parte significativa de sua mobilidade. No entanto, com a ajuda de uma campanha solidária nas redes sociais, ela arrecadou cerca de 9 mil euros para comprar o traje. Desde então, tem vivenciado avanços importantes, embora graduais — como caminhar pequenas distâncias, manter-se de pé por alguns minutos e aproveitar momentos ao ar livre.
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Apesar dessas conquistas, Emelie reconhece que o caminho da reabilitação é longo e irregular. “A evolução não acontece em linha reta”, afirma, destacando a importância da paciência e da persistência em cada etapa do processo.
O exemplo de Emelie reforça o potencial transformador da ciência e das tecnologias assistivas. Ainda que o Mollii Suit esteja indisponível em muitas regiões fora da Europa, ele representa uma esperança concreta de maior independência e qualidade de vida para pessoas com mobilidade reduzida. À medida que a tecnologia avança, histórias como a dela mostram que a recuperação pode ir além do que antes se imaginava — com esforço, apoio coletivo e inovação.
