Em um dos ritos mais simbólicos da Igreja Católica, o Vaticano anulou nesta terça-feira, 6, o Anel do Pescador e o selo de chumbo associados ao papa Francisco. A cerimônia, realizada diante da congregação de cardeais, marca oficialmente o fim do pontificado e antecede o início do conclave que escolherá o novo líder da Igreja.
Utilizados historicamente para autenticar documentos pontifícios, os objetos representam a autoridade do papa. Tradicionalmente, o Anel do Pescador — que traz uma imagem de São Pedro lançando uma rede — é destruído após a morte do pontífice para evitar qualquer uso indevido. No caso de Francisco, no entanto, o gesto teve contornos diferentes.
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Durante seu papado, iniciado em 2013, Francisco preferiu não usar o anel tradicional. Em vez disso, adotou um modelo simples de prata, com uma cruz, que o acompanhou até a sepultura. O anel cerimonial original, nunca usado por ele, foi preservado e agora considerado oficialmente inutilizado, sem necessidade de destruição física.
Com a conclusão deste ritual, a Igreja entra em sede vacante, e todas as atenções se voltam para o conclave que começa nesta quarta-feira, 7, na Capela Sistina. O colégio de 133 cardeais com direito a voto irá se reunir em sessões secretas até que se atinja consenso para eleger o novo papa — missão que pode levar dias ou semanas, conforme a tradição.