A ausência do cardeal queniano John Njue, de 79 anos, entre os participantes do conclave que definirá o próximo papa tem provocado reações e especulações dentro e fora da Igreja Católica. O religioso, que ocupou por anos o cargo de Arcebispo Metropolitano de Nairóbi, afirma não saber o motivo pelo qual ficou de fora da reunião na Capela Sistina, iniciada nesta quarta-feira, 7.
Sem esclarecimentos oficiais do Vaticano, a exclusão gerou estranhamento, já que, mesmo com idade avançada, Njue estaria dentro do limite permitido para votar — a Igreja estabelece que apenas cardeais com menos de 80 anos podem participar do conclave como eleitores.
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Uma possível justificativa foi levantada pelo atual arcebispo de Nairóbi, Philip Anyolo, que alegou que o cardeal não embarcou para Roma por questões de saúde. Ele confirmou que Njue recebeu o chamado formal da Nunciatura Apostólica, mas não teria tido condições físicas de viajar.
O episódio ficou ainda mais nebuloso após vir à tona uma mudança recente na data de nascimento do cardeal. Antes dado como nascido em 1944, Njue teria corrigido o registro para 1º de janeiro de 1946, o que reforçaria sua elegibilidade.
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O porta-voz da Santa Sé, Matteo Bruni, negou qualquer irregularidade. Segundo ele, os cardeais que desejam participar do conclave não precisam de convites formais e, no caso de Njue, a verificação feita pelo cardeal decano indicou que ele não compareceria.
A situação acabou adicionando um novo ingrediente à já complexa disputa por influência nos bastidores do Vaticano, justamente no momento mais sensível da Igreja: a escolha do próximo pontífice.